O recente escândalo protagonizado pelo governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, leva-me a algumas reflexões a respeito das segundas chances que a vida proporciona às pessoas e como as mesmas são aproveitadas. Vejamos o caso do político brasiliense. Em 2001, Arruda, juntamente com Antônio Carlos Magalhães, outra "fina flor da política brasileira", foi acusado de violar o painel do Senado Federal na votação da cassação do então senador Luiz Estevão. Utilizando-se das brechas na legislação, Arruda renunciou para não perder o mandato, bem como para não ter seus direitos políticos suspensos por oito anos. No entanto, na eleição seguinte, isto é, em 2002, o político em questão candidatou-se e elegeu-se para uma vaga na Câmara Federal, sendo um dos deputados mais votados do Distrito Federal. Em 2006, a consagração, a vitória que marcava a definitiva (pelo menos até o STJ decretar sua prisão) volta triunfal de Arruda: elegeu-se governador do Distrito Federal. Bem, o final da história todos já conhecemos...
Contudo, o mais preocupante dessa questão é o fato de Arruda não ser a exceção, pois Fernando Collor de Melo (hoje Senador da República, presidente da Comissão de infraestrutura do Senado), José Sarney (Presidente do Senado) e José Dirceu (ex-Chefe da Casa Civil e Deputado Federal por São Paulo), apenas para citar os três nomes mais conhecidos, também fazem parte daqueles grupos de pessoas que ao longo das últimas décadas debocham da democracia e da inteligência da população brasileira (talvez com alguma razão...), acumulando inúmeras denúncias fartamente documentadas, mas também sucessivos mandatos públicos dados pelos eleitores nacionais. De fato, a metáfora mais apropriada para a presente situação é da mulher ou do homem que sofre uma, duas ou três traições de seu marido ou de sua esposa, mas, no final das contas, perdoa o dito (a) cujo (a) na esperança que aconteça uma regeneração por obra do espírito santo ou por algum novo medicamento descoberto pela indústria farmacêutica.
Infelizmente, sinto informar às mulheres e aos homens, bem como aos eleitores de gente como Arruda que "cachorro ovelheiro só matando", ou seja, nem a apariação da Virgem Maria aos beijos e abraços com o Diabo é capaz de mudar o comportamento de cônjuges traidores e de políticos corruptos. Logo, em ambos os casos, na hora deles pedirem uma segunda chance, mesmo que chorem um dilúvio bíblico perante a imprensa ou na frente do magistrado na sessão final do divórcio, devemos sempre lembrar dos cachorros ovelheiros, aqueles mesmos que só matando...
heheh o político corrupto e que nem cachorro ovelheiro. Nao pode ver um pelego que se joga ensina. a boa e que ovelha so tem no sul...heheh
ResponderExcluirsucesso